Você puxa uma carta e eu vejo sua caneca preferida estilhaçando no chão.
Outra carta e a janela fecha para o sol. Os lençóis escurecem e somem. Agora eu acordo desorientado em um colchão sem revestimento.
A terceira e quarta carta destrói as molduras dos quadros amontoados e quebra nosso porta-retratos.
A penúltima carta desconecta o som e interrompe aquela música que tocava rapida e preguiçosamente.
A última carta tranca a porta e retira a chave, criando uma sombra estranha no quarto organizado e ilumina a unica parte que sobrou em cima da cama. A parte que se partiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário