Só após algumas horas ouvindo a mesma música que ele conseguiu identificar o quanto significava e o porque seu coração pulou incontrolavelmente na presença do perfume dela, exalado de seu sorriso.
Na verdade ele sempre soube.
Sabia desde uma segunda-feira ensolarada onde o cabelo dela repousava, exaustivamente satisfeito, sobre seu peito.
Aquela segunda onde a cama estava parcialmente iluminada e o filme rolava claramente ignorado enquanto eles, extasiados, (re)descobriam o que havia sido há muito perdido.
Ali eles percebiam o quanto um significava para o outro. Descobriam que as vontades incontroláveis de morder e apertar não eram em vão e que todos os beijos não seriam suficientes para saciar aquela paixão repentina e explosiva.
Porém, com a música e as constatações (óbvias para quem estava fora), ele tambem percebeu que na realidade ele estava em um nível que não chegava há anos. 3 para ser mais exato. Em um nível onde o medo crescia e a mão suava. Um nível que ele a proibiu de estar, meses atrás.
Um nível que ele sabia que chegaria desde uma segunda-feira ensolarada onde o cabelo dela repousava sobre seu peito.
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